domingo, agosto 20, 2006

Ayahuasca

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Ingerindo essa bebida mágica, pode-se absorver o “Espírito da Planta”. Os sentidos são expandidos, os processos mentais e as emoções tornam-se mais profundos. A jornada pode mover-se em muitas dimensões. O vôo da alma, a partida do espírito do corpo físico, uma sensação de flutuar.

A experiência pode em algum ponto revelar visões notáveis, insight´s, produzir catarses, produzindo experiências de renovação, de renascimento positivas. Visões arquetípicas, de animais, de espíritos elementais, de cenas de vidas passadas, de Divindades, etc. Abre-se o portal de outros reinos da existência.

Não são todos que recebem visões na primeira vez que experimentam. O trabalho com Ayahuasca é um processo que exige exame, dedicação, disciplina, perseverenca e tempo para um benefício mais completo. Às vezes são necessárias várias sessões para se conseguir esse presente.

A experiência é ainda mais poderosa, quando abrimos a mente e o coração e nos entregamos para receber essa energia de cura e conhecimento.

Uma vez que iniciado, o processo da renovação e transformação, eles continuam. O grande passo no trabalho com a Ayahuasca é a assimilação dos ensinamentos espirituais e a prática na vida diária , ou seja por em prática o que se aprende. Isso garante a dimensão espiritual em nosso dia-a-dia, e é essencial para recebermos as dádivas e as bênçãos espirituais e para que possamos evoluir no estudo, aprender mais.

A ela atribui-se a cura de males físicos, psicológicos,mentais e espirituais. Os estudos científicos ocidentais estão confirmando aplicações médicas e psicoterapeuticas benéficas.

A medicina sempre é consumida corretamente em ceremoniais . No Perú os xamãs evocam guardiães, protetores espirituais. Evocam ARCANAS (escudos protetores) através de cânticos de poder ( Icaros), do fumo de tabaco,de uma poção de limpeza (vomitiva), CAMALONGA, e algumas águas perfumadas (Água de Florida, Flores de Kananga) que atraem os espíritos.

A jornada com Ayahuasca, leva a exploração tanto deste mundo “ordinário”, como mundos paralelos, que estão além de nossa percepção corrente. Libera os limites normais de espaço-tempo

Originalmente utilizada por povos indígenas de boa parte da Amazônia (Brasil, Equador, Colômbia, Bolívia e Peru) em contexto iniciático próprio; nas últimas décadas tem sido adotada por recém criados centros espiritualistas, seitas e grupos xamânicos (denominados igrejas ou "céus"), em rituais voltados para a população urbana. Alguns exemplos de organizações religiosas sincréticas, que incorporam o uso regular da substância em seus rituais são União do Vegetal, e o Santo Daime.

Sua utilização divide opiniões. A favor do uso, seus adeptos ressaltam que:

* Após 18 anos de estudos, o CONAD (Conselho Nacional Anti-Drogas) do Brasil, retirou a Ayahuasca da lista de drogas alucinógenas conforme portaria publicada no Diário Oficial da União em 10/11/2004.

* A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu (em 20/02/2006) que o governo Bush não pode impedir a filial da União do Vegetal no estado do Novo México de utilizar o chá Ayahuasca (Hoasca / Santo Daime) em seus rituais religiosos. O veredicto atesta que o grupo religioso está protegido pelo 'Religious Freedom Restoration Act', aprovado pelo congresso em 1993, e que foi peça jurídica fundamental no processo que legalizou o uso ritual do cactus peyote (princípio ativo: mescalina) pela 'Native American Church' - congregação que reúne descendentes de algumas etnias indígenas norte-americanas. Mais informações aqui

* A ONU emitiu um parecer favorável recomendando a flexibilização das leis em todos os países do mundo no que se refere à Ayahuasca.

Outros nomes

Chá do Santo Daime, yajé, caapi, vinho de deus, vinho das almas. Na linguagem Quéchua, aya significa espírito ou ancestral, e huasca significa vinho ou chá.

Aparência

A aparencia da ayahuasca varia entre diversos tons de terra variando entre o bege claro e translúcido ao marrom escuro. Os métodos de preparo variam conforme a tradição de cada local e da ocasião em que o consumo se dá. De qualquer maneira, o processo é longo e leva quase um dia para o preparo. As diversas beberagens geralmente contêm talos socados do cipó caapi (Banisteriopsis caapi) mais as folhas da chacrona (Psychotria viridis).

Efeitos

Segundo os usuários, a ayahuasca não seria um alucinógeno, apesar de produzir o que clinicamente caracteriza alucinações (percepção não registrada pelos sentidos físicos, em especial as de conteúdo metafórico individual). Seus defensores preferem utilizar o termo enteógeno, uma vez que seu uso se dá em contextos litúrgicos específicos. Para seus críticos, contudo, a opção sócio-cultural do usuário não altera a classificação alucinógena.

Espiritual ou não, a propriedade psicoativa da Ayahuasca se deve à presença. nas folhas da chacrona, de uma substância enteógena (alucinogénea, para outros autores) denominada N,N-dimetiltriptamina (DMT), produzido naturalmente (em doses menores) no organismo humano. O DMT é destruído pelo organismo por meio da enzima monoaminaoxidase (MAO). No entanto, o caapi possui uma substância capaz de bloquear os efeitos da MAO: a harmalina, que atua como um potente antidepressivo inibidor da MAO, levando ao estado contrário. Desse modo, o DMT tem sua ação alucinógena intensificada e prolongada.

Outras plantas amazônicas também possuem DMT e são utilizadas por tribos indígenas no contexto religioso. Entre estas estão a jurema (Mimosa hostilis) e o yopo (Anadenanthera colubrina). A jurema é consumida na forma de chá, enquanto as sementes do yopo são maceradas e seu pó, consumido pela via intranasal (cheirado).

Segundo os usuários, a ayahuasca provoca "alterações de consciência" sem causar danos físicos, inclusive atribuindo à substância propriedades curativas, como reativar órgãos danificados. De fato, não há dependência física conhecida.

Contudo, devido ao contexto, adverte-se quanto ao risco de dependência psicológica, religiosa e/ou social de usuários que, não atingindo o mesmo nível de percepção e motivação sem o uso da substância anti-depressiva, aumentam a frequência de uso. Não está estabelecido se as mudanças de posturas e comportamentos sociopatas isolados tem componentes relacionáveis à substância, uma vez que o próprio uso pressupõe um contexto religioso pouco convencional.

Caráter religioso e sintomatologia

Seu consumo está associado a práticas religiosas e parece ser utilizada por tribos indígenas da Amazônia desde 2000 a.C. As seitas religiosas mais conhecidas no Brasil são o Santo Daime e a União do Vegetal. Os efeitos, desse modo, estão bastante relacionados aos rituais religiosos onde se dá o consumo, baseados na crença da possibilidade de contato com outros planos espirituais.

Riscos à saúde

Não há dados científicos conclusivos que indiquem riscos à saúde física. No entanto, para indivíduos com tendências a quadros psicóticos, seu uso implica atenção especial devido à natureza do efeito da bebida.

Registram-se episódios depressivos na abstinência, o que, em contraste com a nova euforia induzidas pela reingestão, contra indicam o uso deste (e de qualquer anti-depressivo ou inibidor da MAO) na ocorrência de transtorno bipolar (antiga psicose-maníaco-depressiva).

Em alguns casos, a ingestão pode levar a sensação de medo e perda do controle, levando a reações de pânico. O consumo do chá pode desencadear quadros psicóticos em pessoas predispostas a essas doenças, ou desencadear novas crises em indivíduos portadores de doenças psiquiátricas (transtorno bipolar, esquizofrenia).

Ligações externas

Associações e Igrejas que se utilizam da Ayahuasca

* Cefluris - Centro da Fluente Luz Universal "Raimundo Irineu Serra"

* União do Vegetal

* União do Vegetal (in English)

* A Barquinha

* [1]LÉO ARTÉSE

* Universo Místico

Outras Páginas Externas

* Equipe Álcool e Drogas sem Distorção

* Ecologia Cognitiva

* Alto das Estrelas

* Ayahuasca e budismo (blog Samsara)

Fonte

Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein

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