quarta-feira, setembro 20, 2006

Bij Sadhana CD


Bij Sadhana CD

Este cd foi resultado de um desejo de longa data de adicionarmos um toque brasileiro aos mantras da tradição do Kundalini Yoga. Um fruto seva (trabalho doado) coletivo que resultou numa miscelânea ricamente texturada com cores, ritmos, vozes e melodias. A hora do dia mais apropriada para essas práticas meditativas é o Amrit Vela, hora ambrosial, pois é durante este período (duas horas e meia antes do nascer no sol) que o prana (energia vital) concentra-se na limpeza física e do subconsciente. No entanto, as práticas em qualquer outro horário também são válidas.

Para mais informações sobre mantras e/ou Kundalini Yoga, visite os sites

w w w . 3 h o b r a s i l . c o m . b r
w w w . k u n d a l i n i y o g a . c o m
Vendas: gurudasskaur@yahoo.com.br

Dedicamos este CD a Guru Sewak Singh Khalsa, que fundou o Instituto 3HO no Brasil em 1987 e dedicou 20 anos de sua vida para inspirar muitos a meditar.
Reconhecemos nossa profunda gratidão a Yogi Bhajan, que tornou as técnicas do Kundalini Yoga disponíveis no Ocidente e nos “empurrou” a aspirar o destino de nossa alma.
Profundamente reconheço a participação de Gavi, cuja paciência e conhecimento musical tornou a gravação e mixagem deste CD divertidas, Cesar, cuja maestria em cordas trouxe brilho aos mantras.
Profunda gratidão a Chandra, Gurudass Kaur, Doni Jr., Malú e Ciro.

Bênçãos,
Subagh Khalsa

Produção, mixagem e gravação no Gavi New Track por Fábio Gavi. Projeto e produção executiva de Subagh Khalsa. Arte gráfica por Hari Khalsa.

Cesar Assolant Violão 1,2,3 e 4/ Cavaco, Bandolin e Pandeiro 4
Ciro de Oliveira Pau-de-Chuva 1/ Bongô e Chime 3/ Reco-reco 3 e 5/ Triângulo 5
Chandra Lacombe Derbak 1,3 e 5/ Kalimba 1 e 5/ Shurit Box 3 e 5/ Vocal 5 e 6
Doni Jr. Percussão 1/ Vocal 4 e 6/ Cavaco e Pandeiro 5/ Violão 5 e 6
Fábio Gavi Teclados 2/ Samplers 2/ Baixo acústico 3/ vozes 5 e 6
Hari Khalsa Vocal 2/ Vozes 1,3 e 5
Gurudass Kaur Teclados 1, 3, 5 e 6 / Harmonium 5 vozes 1 e 3
Malú Judas Vocal 1 e 3 / Violão 3
Subagh Khalsa Vozes 3 / Vocal 4

quinta-feira, setembro 14, 2006

SALVIA




Aiii como eu amo essa planta! Além de linda, ela é tudo de bom para nós mulheres (e para os homens também) por possuir estrógeno vegetal, ela nos auxilia como reguladora do sistema reprodutor feminino, ameniza a TPM, útil na menopausa, alivia as dores do parto, ajudando a mãe a relaxar, útil em tratamentos para frigidez, apatia sexual e hipertensão arterial. Combate a insônia, atua como tônico do sistema nervoso.
O óleo essencial de Salvia tem um delicioso e aconchegante aroma!

Propriedades Medicinais:

Ajuda a fazer a digestão e é anti-séptica, fungicida e contém estrógeno vegetal, ativa os receptores do estrógeno. Ajuda a combater a diarréia. O chá é bom para gengivas inflamadas, aftas, dores de garganta e problemas de mucosas, além de aliviar diabetes e sintomas de menopausa. Diminui suor excessivo e é restauradora de energia, tendo poder tonificante sobre o fígado. Usada também para dores de ovário, icterícia, depressão, tremores, vertigens, impotência sexual. O chá das folhas e flores tem ação anti-séptica, anti-sudorífera, fungicida, estimulante da digestão e balsâmica. Não deve ser tomada em grandes doses por períodos muito longos.
* Infuso: 5 gs de folha em 100 ml de água fervente por 10 minutos. Para picadas de insetos esfregar folhas frescas no local atingido. Friccionada nos dentes, clareia-os.

Cosmética:
Infusão é um bom adstringente para pele oleosa e escurescedor de cabelos. A infusão também é boa para combater a caspa e inflamações do couro cabeludo. Dentrifício caseiro para remover tártaro e clarear os dentes: Sal marinho e sálvia.

Utilização
* Uso caseiro: Pôr folhas secas de sálvia entre as roupas, para afastar insetos. 'Faz parte das ervas inseticidas( em infusão).

* Uso culinário: Dá bom vinagre aromatizado e manteiga de ervas. Faz deliciosos pães. Receitas. Substitui o louro na aromatização de cozidos, principalmente os gordurosos, podendo também ser usada para temperar patês de queijo. A manteiga aromatizada com sálvia dá um realce especial.

* Uso mágico: Onde o pé de sálvia cresce viçoso é porque a mulher manda na casa (aqui abro um parênteses.. Vcs viram que lindo, florido e viçoso o pé de Sálvia daqui de casa?) considerada uma poderosa erva de proteção, afasta mau-olhado. Erva das feiticeiras, entra na composição de magias de proteção.

Aromaterapia: Na aromaterapia, o óleo essencial de sálvia é usado como antioxidante, extimulante, tônico, desinfetante, adstringente, é indicado para cabeça e cerebro ativando os sentidos, a memória, fortalecendo os nervos.

Efeitos colaterais: Não usar a erva em casos de insuficiência renal, durante a menstruação ou amamentação. Pode causar súbita elevação da pressão arterial. Não consumir em grandes quantidades ou por longos períodos de tempo consecutivos. Não deve ser tomado por mulheres grávidas e crianças.

Ação Psicológica: Antidepressivo, afrodisíaco, sedativo, combate a ansiedade, cura as feridas emocionais em casos de agressão ao feminino, atua na busca dos valores femininos ocultos, auxilia na passagem por períodos difíceis, devido ao aconchego desse aroma, ajuda na dissolução de tensões profundas guardadas interiormente.

Respiração Completa ou Yogui

A maioria das pessoas não sabe usar seu sistema respiratório de maneira adequada. Não usam toda a capacidade pulmonar e não tem domínio sobre os músculos usados na respiração. Respirar é vital! Saber fazer uma respiração consciente traz tantos benefícios à saúde física e mental.. desde um melhor relaxamento, até a capacidade de entrar em meditação, cantar e aproveitar a vida e a saúde

A seguir, uma prática yogui chamada Respiração Completa.

Sentado em uma posição confortável, coluna ereta, expire esvaziando todo o pulmão, mantendo-o vazio por alguns segundos. Com consciência completa na respiração ou no movimento do pulmão, inspire, levando o ar até sua base, projetando levemente o abdômen para a frente, cuidando para não desalinhar a coluna.
Mantendo inspiração contínua, preencha agora a parte média, na altura das costelas, expandindo-as.
Leve o ar ao ápice do pulmão, projetando levemente o peito, sempre cuidando para não desalinhar a coluna.
Expire soltando o ar de cima para baixo, esvaziando primeiro o ápice do pulmão (peitorais), depois a parte média (intercostais) e, por último, sua base (diafragma).
Os movimentos para esta respiração limitam-se ao pulmão e aos músculos que auxiliam o processo respiratório e não da coluna, que deverá permanecer reta e sem movimento durante o processo.

1. Os músculos que irão auxiliar são: Diafragma, localizado na altura do abdômen (parte baixa do pulmão)

2. Intercostais - na altura das costelas (parte média dos pulmões)

3. peitorais (parte alta, ou ápice do pulmão), estes músculos abrem espaço para a expansão dos pulmões e auxiliam na sua compressão para saída de ar e movimentação do ar residual.


Lembre-se: Tanto a inspiração como a expiração devem manter um movimento contínuo. Observando a respiração de um bebê dormindo, poderemos ter uma idéia de como a respiração deve se dar.

Espero que desfrutem!

Um beijo,

Gurudass

terça-feira, setembro 05, 2006

Informação é Luz !

Minha querida Cris Toth me alertou a respeito de um furo no sistema do chamado calendário da Paz, criado pelo dr. José Arguelles, baseado nos conhecimentos Mayas, muito praticado aqui em Alto Paraíso e confundido pela maioria, com o próprio Calendário Maya. De fato, muito atraente para a "nova era", principalmente para os jovens. Há uma tendência da "nova era" de pegar coisas cabalísticas, teosóficas, orientais e históricas e deturpá-las aos seus propósitos messiânicos. O Calendário da Paz é uma delas. Uma proposta nova, baseada em um conhecimento ancestral, porém ajustado para dar certo com o atual sistema gregoriano.
Fariam melhor se dessem nomes novos a coisas novas. Bem que dizia Jesus pra não pôr vinho novo em odre velho...

Segue o texto enviado pela Cris:

Meus queridos!
Chegou o momento de eu colocar aqui as razões técnicas da minha mudança de critério quanto ao Calendário da Paz! Como eu disse anteriormente, essa questão de não haver kin no dia 29 de fevereiro sempre me intrigou! A justificativa do Dr. José Argüeles de que isso acarretaria uma desordem nas famílias terrestres, criadas por ele no Encantamento do Sonho, quebrando a sincronicidade existente entre o ciclo de translação da Terra e a Conta Sagrada (Tzolkin), não me convencia de forma alguma. Eu nunca aceitei a explicação de que esse é um dia 0.0.Hunab Ku e que recebemos uma energia “especial”, que vem diretamente do centro da galáxia, e que não seria motivo para preocupação o fato de não haver um kin do dia. Sua afirmação de que o 29 de fevereiro é uma ficção do tempo gregoriano, que nada tem a ver com o tempo real, não me foi convincente pois não podemos ignorar o fato de que nesse dia o Sol, incontestavelmente, nasce...

Diante disso, resolvi intensificar minhas pesquisas! Tenho um amigo estudiosíssimo dos maias que vai ao México de seis em seis meses, sempre com a finalidade de se aprofundar mais e mais! Quando iniciei meus estudos, através da Rede de Arte Planetária comentei com esse amigo a questão do 29 de fevereiro! Na hora ele me disse: “Cris, é simples: se no dia 29 de fevereiro não há Kin, então o sistema é furado! Deve haver algum erro nas contas! O Tzolkin não pára... se o Argueles o faz parar em cada dia 29 de fevereiro, então o erro é bem grande!” E realmente, pelo cálculo do Argüeles somos um kin, pelo cálculo dos Maias Clássicos, somos outro kin! O fato da ferramenta do Argüeles ser tão mastigadinha, tão energeticamente “ao ponto”, me fez seguir em frente sem questionamentos! Pedi também para uma outra pessoa, que também sempre tentou me informar do erro, que me explicasse de forma mais concreta! (Dados abaixo)
Meu coração sempre esteve com o intento legítimo de levar Luz à humanidade através do conhecimento do tempo natural... e esse intento eu acho que consegui! Mas, como nossos próprios filhos, gestados em nossos ventres, este também se vai! E espero que esteja indo muito bem cuidado e alimentado enquanto ficou sob minha guarda!
Enfim, quero crer na afirmação de uma amiga/irmã de que toda vez que deixamos algo tão grande "ir", abrimos espaço para o novo e o novo é sempre bem-vindo! Que seja saudável essa desconstrução! Tenho certeza de que tudo o que fiz teve um valor muito grande, mas é chegado o momento de derrubar tudo e, aproveitando os tijolos antigos, reconstruir pacientemente tudo de novo para, quem sabe, mais tarde desconstruir também. É a Roda da Vida atuando - é movimento - é crescimento!
Coloco à disposição de todos aqueles que queiram se aprofundar mais nesse estudo, os dois textos que me fizeram entender, com provas, o erro na contagem de dias do Calendário da Paz de José Argüeles.
Como sempre... Informação é Luz!
In Lake’ch!

Cris

P.S. Peço desculpas se em algum momento essa minha atitude de reconsiderar os fatos pareceu leviandade ou superficialidade. Ela é apenas a eterna busca do ser humano pela verdade!

Dados fornecidos por Mark Lund:

Aloha Cris!!.... segue o email que escrevi e enviei para a Patricia logo depois do último bi-sexto.......
Agradeço o seu interesse nos meus estudos sobre o calendário Maya, e o seu pedido de dar uma pincelada rápida sobre as coisas que tenho lido; intuído, e concluído. É sempre bom poder compartilhar as nossas paixões com outras pessoas apaixonadas pelos mesmos assuntos.

Antes mais nada, eu vim a saber do Arguelles tarde na minha gincana de leituras. Essa gincana começou um dia assistindo um videozinho daqueles fraquinhos da Time-Life; esse em específico era sobre os Mayas. Até então, eu tinha passado uns 20 anos do nosso “new age” vacinado contra as mais diversas profecias apocalípticas. Fiquei surpreso comigo mesmo quando eu, o cético; me vi boquiaberto ao ouvir pela primeira vez da profecia Maya; dizendo que o tempo, ou o mundo, ou ambos, iriam acabar no dia 21/12/2012. Não sei por que, mas aquele “end-date” tão específico, tão preciso, mexeu no meu DNA de um jeito inexplicável, e desencadeou uma nova gincana literária que deixou o Amazon.com mais rico, e eu cada vez mais curioso. Fui de livro em livro procurando alguém que pudesse me explicar o ‘Por Que’ do 2012. Levei mais de um ano, pulando de autor em autor, escovando as bibliografias de cada um, até que comecei (repito: apenas comecei) a entender o que considero a mola propulsora por trás do 2012.
Eu cheguei na etapa Arguelles só no fim desse processo, quando eu já tinha entrado pela porta dos fundos do calendário Maya. Antes de ouvir falar do Arguelles, eu já tinha passado horas e horas dentro do Chichen Itza, totalmente sozinho, durante a semana do equinócio da primavera do 2003. Por tanto, antes de ler o “Fator Maya”, eu já tinha desbravado um caminho próprio para dentro das engrenagens celestes que movem a máquina do tempo Maya.
Descobri que o Maya era fascinado/obcecado com o Tempo... Mais precisamente, com os ciclos sincrônicos de tempo, assinalados pela movimentação dos corpos celestes, e suas eventuais conjugações. Vi, graças ao Humbatz Men, que o grande maestro de toda essa movimentação celestial é o Hunab Ku; teoricamente o buraco negro no centro da galáxia que comanda o movimento de mais de 100 bilhões de sois, e que fica aproximadamente a 26,000 anos luz da gente. (Guarda esse número). Descobri que o grande ciclo que inclua os demais, é o que chamamos da “precessão dos equinócios”. Descobri que os Mayas eram experts na área de medição, e que, entre ´otras cositas mas´ definiram que um ciclo completo de cambaleamento da terra, (o movimento que chamamos de precessão) leva (coincidentemente) 26,000 anos-Maya; ou seja, 26,000 Tuns.
Ai, lendo o trabalho de um autor chamado de John Jenkins, eu entrei na área de termos calendricos para saber o que era um Tun. Cada Tun é um ano aparentemente esquisito que tem 360 kins, ou dias. Cada ciclo de cambaleamento precessional demora uma quantidade enorme de tuns, e 360 vezes mais do que isso em kins!! Mas reparei que mesmo assim, os Mayas se deram o trabalho de construir o seu calendário mais em cima de kins, do que em cima de tuns. Um dos seus calendários principais é uma prova dessa preferência de medir o tempo em dias; pois como sabe, esse é chamado de o “Tzolkin” .que por coincidência tem 260 dias. (guarde esse número). Tanto é a ênfase na unidade “dia”, que os parentes/sobreviventes reclusos e misteriosos dos Mayas, os “Lacandons” (nome deles em inglês) tem o apelido de: “The Keepers of the Days”.... Pelo fato que eles monitoram a passagem do tempo; não em anos, mas sim, em dias corridos. Talvez pelo fato que o ano atual, de 365.2422 dias não é lá tão conveniente para usar como régua!!!...e/ou talvez pelo fato que o que realmente está em jogo são rotações, e não translações.

É aqui que entra o Arguelles, que eu acho o máximo... o Mister Maya! Seu trabalho de ter levado o calendário Maya para o nosso mundo moderno e ocidental, que seguia/segue o calendário Católico Romano conhecido com o Gregoriano, é estupendo!!! Maaasssss, ao tentar apresentar os que seguem o Gregoriano, aos conceitos profundos por trás do calendário Maya, é capaz de ele ter cometido um pequeno erro de calculo. Esse erro de cálculo fica aparente a cada ano bissexto. No meio dos tons e selos, etc. o que deve ser feito com o dia 29 de fevereiro, que não está mapeado no calendário do Arguelles??? Ninguém soube me explicar esse problema que surgiu este ano (por ser bissexto). Obviamente já surgiu quatro anos atrás, mas: ou ninguém notou, ou não tinha tanta gente quanto hoje seguindo o calendario Arguelliano para que, entre tantos, alguém tivesse perguntado:

“Pera ai...E o dia 29 de fevereiro??”

Acontece que, (isso é na minha opinião...e questiono o meu direito de questionar uma autoridade como o Arguelles...) na tentativa de instruir o mundo moderno algo fundamental sobre o mundo antigo dos Mayas, o Arguelles se baseou na principal unidade de tempo que o ocidental está acostumado a usar para medir períodos longos; que é ....o ano. Exemplo... Estamos a dois mil e quatro anos desde o nascimento do Jesus Cristo.... Mas ninguém, nem o papa, sabe quantos dias se passaram desde aquele primeiro natal; concorda!? Se fossemos Mayas, motivados pelos conceitos por traz do calendário Maya, saberíamos....

O Arguelles foi hiper bem intencionado, mas talvez não deu a devida atenção ao “porque” dos Mayas se focarem na contagem longa de dias consecutivos; mesmo que esse enfoque gere muito mais trabalho numérico (365 vezes mais). Dá para entender a posição do Arguelles. Quem em sã consciência vai relatar a distancia entre Rio e São Paulo em milímetros, quando poderia usar metros ou kilómetros para facilitar a notação numérica?!? O Arguelles pode ter se atrapalhado no momento em que ele acabou inserindo conceitos Maya, (construídos em cima de kins corridos) num contexto Gregoriano, (construído em cima de ‘anos’, imprecisos, de 365 dias). Estamos descobrindo que esse enxerto está gerando uma reação de incompatibilidade...e corre o risco de provocar uma subseqüente rejeição.
Acho importante lembrar que o calendário divulgado pelo Arguelles não é o calendário Maya; e sim, é uma versão Arguelliana do mesmo. Eu diria que é uma tabela caléndrica híbrida que reflete dois modos diferentes, e quase incompatíveis, de encarar o Tempo. Também acho super importante frisar que cada pessoa interessada deveria ler muito sobre a mola propulsora que está por trás disso tudo...a precessão. Temos que consultar o ponto de vista dos Gregos, dos Egípcios, dos Hindus, e de vários outros povos astrónomos (talvez ainda mais antigos), que construíram cosmologias religiosas inteiras em cima do rastreamento da precessão. (curiosidade: O Egípcios e os Hindus também usavam um “ano” de 360 dias, igual a do tun.) A astrologia, e seu zodíaco, por exemplo, é uma herança dos povos que monitoravam a precessão. Quando o interessado se inteirar nesses assuntos de uma forma mais abrangente; ai sim, ele vai ter os recursos necessários para poder julgar o calendário Arguelliano por si só; sem depender do ponto de vista de terceiros como eu; que podem também estar errados.

In Lake´ch
Mark


Diferença entre os calendários e a contagem longa

Texto escrito por Thiago Cavalcanti e atualizado em 30 de agosto de 2006.

Hoje vemos uma grande expansão do sistema do Sr. José Argüelles, conhecido como Calendário da Paz ou Encantamento do Sonho, mas devemos ter em mente que esse não é um calendário genuinamente maia, mas sim moderno.
Pq ?
A contagem longa dos maias inclui 5 tipos de ciclos diferentes, derivados entre si. São eles:

Baktun - 144.000 dias
Katun - 7.200 dias
Tun - 360 dias
Vinal - 20 dias
Kin - 1 dia
(Note que a progressão da matematica maia de 20 é respeitada, salvo pelo Tun, que é resultado de 18x20 para se aproximar ao ciclo de translação da Terra)
Analisando o dia de hoje, 30/8/2006, segundo a correlação GMT1 (Goodman-Martinez-Thompson), chegamos ao seguinte:
12.19.13.10.15, sendo o primeiro número (12) relativo ao ciclo mais longo de 144.000 dias e o ultimo (15) relativo ao ciclo mais curto de 1 dia
pois bem, esse ultimo ciclo não se chama kin a toa...
quando abrimos um novo ciclo vinal (e consequentemente um novo ciclo kin) o número é 0, número que corresponde ao kin Ahau ou Sol.
Por isso se diz que os maias contavam de 0 a 19, o 20 na matematica maia está "um nivel acima", é quando voltamos a Ahau.
Logo, se hoje é 12.19.13.10.15, só poderia ser dia de Men (Águia), e na verdade é. (hoje, 30/8/2006, é 13 Men, kin 195.)
A grande questão é que o Sr. Argüelles não respeita tal regra, mas ao mesmo tempo segue essa mesma contagem longa para hoje.
A data mais aceita para o começo do grande ciclo atual (0.0.0.0.0) é 11 de Agosto de 3113 a.C. (3114 a.C. se não contarmos o "ano 0 (zero)").
Logo, ele terminaria em 21 de Dezembro de 2012, que corresponde a 13.0.0.0.0 segundo GMT1
Os maias deixaram registros que indicam que um novo ciclo começa com em 4 Ahau (Sol auto-existente, kin 260), coisa que acontece tanto em 11/8/3113a.C. quanto em 21/12/2012
A diferença do sistema de Argüelles é que o Tzolkin pára em cada 29 de Fevereiro, mas a contagem longa que determina a profecia e que corre junto com o Tzolkin nunca pára...
Isso faz com que seja desrespeitada a lei da contagem longa, que diz que o ultimo numero da mesma determina o kin diario, sendo 0 = Ahau ou "Sol" e 19 = Cauac ou "Tormenta"
Ele fez isso em nome de "sincronizar" o calendário que ele diz estar errado com o calendário maia
Ele quis fixar o calendário maia dentro do calendário gregoriano, coisa que jamais poderia acontecer, pois o Haab (ano civil) tem 365 dias, enquanto o calendário gregoriano (que usamos) adiciona um dia a mais a cada quatro anos, fazendo o "ano novo maia" retroceder um dia a cada 4 anos, pois se o Sol nasceu 365 vezes, é um novo ano !
Ele acabou criando uma harmonia sim, mas uma harmonia com as datas gregorianas que ele mesmo condena !
Mas acabou quebrando a harmonia com a contagem longa, pois vocês podem ver que 13.0.0.0.0 no sistema de Argüelles é 12 Manik !
Sendo que pelos fatos apresentados a vocês, para ser Manik um dia tem que ter final 7 na contagem longa !
Essa é a grande questão atualmente para essa comunidade que acompanha o Tzolkin
o marketing do Sr. Argüelles ou a contagem nativa ?
Certamente eu fico com a segunda, e é nessa contagem que eu sou 13 Lamat, um dia genuinamente com final 8 na contagem longa, como é hoje
Desmembrando a contagem longa de hoje (30/08/2006)
12.19.13.10.15
12x144000 = 1728000
19x7200 = 136800
13x360 = 4680
10x20 = 200
15x1 = 15
1728000+136800+4680+200+15 = 1869695
Sabendo que o ciclo se encerra em 13.0.0.0.0 ou seja 13x144000 = 1872000, podemos calcular quantos dias faltam para o fim do mesmo:
1872000 -1869695 = 2305

Encerrando agora a questão sobre a contagem longa:
O próprio Argüelles se contradiz em seu livro "O Fator Maia" na página 140 que diz:
"hoje, 20 de junho de 1986 é 10 BEN (Caminhante planetário) 9 Kayeb (dia no Haab)"
E segue, dando a contagem longa do dia:

"12.18.14.18.9, o q significa que estamos no baktun 12, katun 18, ano (TUN) 14, vinal 18, dia 9"
E fazendo as contas que eu expus agora ele chegou a seguinte conclusão:
"Ou poderíamos dizer que é kin 1862599, numero de dias decorridos desde o inicio do Grande Ciclo..."
Eis a questão...
Primeiro: O número não termina em 3 (e teria de terminar para ser um dia do "Caminhante")
Segundo: Ele justificou que o ultimo número da uma contagem longa se refere ao dia dentro do Haab, coisa que é impossível, pois o Haab tem um mês extra de 5 dias, que acarretaria numa pane no sistema de contagem longa que ele propõe. Além disso foi provado que o ciclo atual não começou num "dia 0" dentro do Haab, muito menos no inicio do mesmo.
Terceiro: Esse dia citado por ele era, na verdade, 12.18.13.1.19, "8 Cauac 12 Zotz", ou kin 1862319.
Quarto: Alguém poderia justificar que isso são erros do passado, mas nesse mesmo livro ele reafirma a data da profecia para Dezembro de 2012. Mas vejam bem, o número que ele deu para o dia 20 de Junho de 1986 acarreta em uma data para a profecia diferente, pois se 13x144000 = 1872000, essa data cairia em Março de 2012, e não em Dezembro, pelo que ele disse na página 140 (é só calcular, está claro)!
Há realmente uma falha alarmante no seu sistema, ao ignorar dias e sincronizar o calendário com o calendário errado que ele tanto critica
Basicamente é essa a grande questão de diferenças entre os calendários.

E lembre-se:

1 - Alguns nomes/significados dos kins são pura invenção do Professor Argüelles

2 - O Calendário Sagrado de 260 dias era uma ferramenta não só maia, mas de vários povos mesoamericanos, cada etnia tinha suas próprias maneiras de nomear os kins.

Mas essas são questões para uma outra hora...

Abraço, muita paz e muita luz...

In Lak' Ech (Eu sou outro você) !